quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Retorno

O que fazer quando a noite se aproxima e o sol começa a se por?
Outrora o sol aquecia e a brisa um tanto refrescante me lembrava do gigante de luz do qual necessitava. Agora sem o sol a brisa tornara-se um vento que lentamente resfria congelando o coração. O que fazer??
Percebo que a melhor das opções seria ter me achegado perto de vocês, ter buscado calor para enfrentar a noite que seria mais fria, calor este obtido num abraço, ou numa conversa sobre nossa vivencia na tarde ensolarada. No entanto busquei o gelo em meu afastamento e em minha inóspita solidão, os batimentos se enfraquecia e meus esforços se tornaram uma busca egoísta e incessante em me manter aquecido, de modo que meus olhos, por esta escolha, se fecharam para a necessidade dos outros e para as suas.
Desanimado, cansado e frio ouço a voz do sol a dizer:
- Onde está você Adão?
Esta pergunta não foi pelo seu desconhecimento em minha posição, foi a pergunta que ecoando em mim durante toda noite trouce questionamento sobre onde estou e se aqui permanecerei.
Não, aqui não é o meu lugar.
Caminho em direção a vocês, um tanto frio pois o gelo ainda permanece em mim. Na roda da comunhão me assento e com vocês pacientemente aguardo nesse inicio de manhã, o nascer do sol.



quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Degelo

O coração pode ser considerado uma pedra, é verdade, mas a essencia e a premissa é que o coraçao é agua fluente, mas pq entao nao flui??
És uma pedra de agua, um grande iceberg, e em seu ambiente inospito e frio: adormece.
O sol o procura, querendo faze-lo fluir, com paixao, pacientemente espera seu despertar.


domingo, 30 de outubro de 2011

Liberdade, o grito o sangue e a ferida.

Minha maior vontade é gritar, nao é o grito pelo grito somente é um grito diferente, é um grito por liberdade ... nao sou de passar vontade, entao eu grito , grito com tamanha força fazendo sangrar minha garganta.....
Esse sangue é bom, sacia meu desejo na medida que escorre por minha garganta, fecho os meus olhos e concentro nesse sabor, sabor este que logo acaba....
Agora começo a sentir nao mais o sabor do sangue pois ele acabou, mas a dor da ranhura na garganta causada pelo grito, grito esse por liberdade, essa dor é carregada de angustia, nao sou de passar angustia, lembro do sabor anteriormente experimentado... de novo?? pq nao??
Grito com mais força, sei que assim sairá mais sangue e sentirei maior alivio da minha saudade em ser livre, minha expectativa é suprida a ranhura se abre ainda mais, o sangue vem.... 
O sangue se foi, junto com ele se vai minha saciedade (saciedade momentanea é verdade, mas que merda...estava saciado) agora a dor, a angustia, e a ferida..... O que fazer?? Eu sei o que fazer, eu ja fiz isso, já me senti bem.
O sangue agora nao é so sangue, é dor, angustia, amargura, tudo está tao ruim, a ferida agora está aberta, o sangue escorre mas nao sacia. Permaneco nessa dor com os olhos ainda fexados....
Alguem toca os meus olhos me convidando a abri-los....


domingo, 28 de agosto de 2011

O caminhar.

Leia sem pressa sem moderação, feche seus olhos e leia, feche seus olhos e sinta, é do meu coração para o seu coração.



Leia sem pressa sem moderação, feche seus olhos e leia, feche seus olhos e sinta, é do meu coração para o seu coração.
Caminho pelo deserto, um deserto plano de areia, olho para todos os lados e nada vejo alem do deserto, a areia é fina meus passos se arrastam não sei para onde, meu medo é de ficar parado.
Com um mochila nas costas presas em mim... caminho, uma mochila onde tudo cabe; pedras aparecem ao meu caminho não sei porque mas eu as ajunto e coloco na minha mochila.
Caminho bastante, sempre cabe uma pedra, meu caminhar agora é um arrastar de pernas.A mochila se torna ainda mais pesada quando presto atenção no silencio..este silencio me incomoda e me inquieta ..o silencio pesa sobre as pedras... este silencio que dialoga com minha solidão... o silencio que mostra que sou escravo, escravo da minha mochila, escravo das minhas pedras.
A mochila, as pedras, o silencio a me incomodar, surge um sopro, um sopro contrario ao meu caminhar, na medida que caminho o sopro aumenta tornando-se um vento, um vento que parece querer me mostrar o caminho a caminhar, não sei porque mas não cedo ao seu pedido, cedo a minha vontade ou melhor luto pela minha vontade, luta essa que me desgasta e me arrasta.
A mochila, as pedras, o silencio e agora o vento me castigam, se ao menos eu pudesse largar da mochila, se eu pudesse parar de ajuntar pedras, se o vento parasse de me convidar, não sei porque mas dentro de mim a angústia vem crescendo, percebi ela agora a pouco, e ela já esta tremenda, presto atenção nela e ela me entristece me deixa furioso me deixa fatigado me deixa ahhhhhh sozinho. Meus pés se arrastam pela areia fina, não aguento mais isso tudo.
Paro de caminhar, respiro fundoooooooo, respiro fundo pela segunda vez, então abro minha boca e grito, grito pela segunda vez e dessa vez meu grito puxa junto minhas lagrimas, inicio um choro, um choro de angustia um choro de solidão. O grito se mistura as lagrimas, e essa mistura cai na areia fina, olho para essa mistura no chão, e essa mistura é um pedido de socorro, e esse é meu único.
Do olhar para o chão passo agora a olhar para o céu, o vento para, o vento cessante parece me dizer ter chegado ao meu destino , avisto distante em meio a imensidão deste céu, algo a se aproximar de mim, algo a se aproximar do chão, algo a se aproximar da areia, meu desejo é correr, tenho um temor do que se aproxima. mas o vento que cessara a instantes me diz para ficar.
O algo começa a ter forma no céu, começa a descer mais rápido, percebo que é feito de madeira, uma madeira escura, quando percebo que é uma cruz, a mesma se crava no chão a uns 100m de mim, com o cravar dela o chão se treme, o chão se racha, o medo toma conta de mim penso em correr, mas o temor da grandeza dela me convida a ficar, o deserto vem se rachando na minha direção, até alcançar a ponta dos meus dedos, então inesperadamente o vento me joga para trás, o deserto se abre atrás de mim, e caio.
Caio num oceano, um oceano de sangue, caio sem afundar, este sangue remove de mim as pedras, remove de mim a mochila, remove de mim o medo, remove de mim a angustia, remove de mim a solidão.
Após o sangue ter removido tudo de mim decido mergulhar, mergulho neste sangue para nunca mais voltar e agora para sempre viver.

domingo, 19 de junho de 2011

Tudo

‎Tudo que te oferecem e tudo que experimentas com todos teus esforços nao signfica que é o tudo que podes experimentar ...

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Sonhe...

Pq vc parou de sonhar???
Não quero ver vc acordando como uma maquina...
preso a razao.. do teu consciente ...do teu inconsciente...vc nao merece o carcere...
vc tem se prendido... seus pes estão no chao.. suas asas apontam para o chão...quando na verdade teu lugar é o ceu...vc nao tem fexado os olhos... tu dorme, mas teus olhos permanecem abertos..
tua mente está presa a tua cidade..a tua rua.. ao teu emprego... quando na verdade o mundo anseia por teus passos... vá andar... caminhe.... corra... voe...começe agora..
fexe os olhos...
descanse...
voe...
e sonhe.


domingo, 2 de janeiro de 2011

Maturidade...

Penso...escrevo ...reflito..
Percebo que maturidade nao tem haver com idade... nem com experiencias vividas..
afirmo com uma certa segurança que maturidade tem haver com o controle e dominancia que nós temos sobre nossas emoçoes... nas mais intensas lógico....seja elas de qualquer natureza... ódio..paixão..tédio..aflição...alegria... tristeza...
pense... como temos lidado com fortes emoçoes???
onde está o limite da impulsao com a intensidade???
nao venho para confundir ...nem para explicar.. sim para pensar e refletir...
escrever...é mera coincidencia..rs
Controle, aprendamos a usa-lo, a treina-lo, a domina-lo.