quinta-feira, 1 de março de 2012

O marinheiro, a Âncora e a Tempestade !

Conta-se a historia de um rapaz que a aventurar-se na vida, decidiu virar marinheiro.
Um barco era preciso para sair a navegar, com suas mãos e seu suor assim o construiu, levou-lhe para o mar onde pôs-se a navegar.
Seu barco era sua companhia, sua segurança, seu mundo !
No calor duma tarde, uma tempestade começou a tomar forma frente a rota do marinheiro,
o jovem marinheiro não se intimidou pois o sol ainda estava brilhando, e seu barco na mesma velocidade navegava pelo tranquilo oceano!
A tempestade caminhava lentamente pois não é na velocidade que demonstra sua força e sim na lentidão de sua constância.
Surge um vento agora fazendo o barco chacoalhar sobre as ondas, em notas descompassas bate o coração do marinheiro desencontrando com a batida do casco do barco nágua.
O que antes era um desencontro agora se tornara uma dança, e em cada nota as ondas desconstroem o barco e junto o chão do marinheiro. No meio dessa dança o bumbo toca e o raio desce rompendo o barco no meio, nada resta ao não ser fragmentos dispersos da embarcação flutuando sobre o mar !
O marinheiro caído ao mar está numa confusão de sentimentos; o que antes lhe guardava em segurança agora  dança no embalo da dança.. e tudo está mais distante de si !
Ainda no alcance de sua visão avista a ancora de sua embarcação presa ao pedaço da proa, sem demora nada velozmente a agarra-la, não é só os braços que a seguram, seu coração ainda esforça a estar junto com o pouco que lhe restou!
Sua força em permanecer com a âncora na superfície causa-lhe desconforto, na medida em que vai escurecendo e a noite vai tomando seu espaço, os braços da mesma forma começam a tremer e o desconforto fica agora angustiante,
mas sua maior dor não reside nos músculos a fraquejarem e sim na âncora que parece querer entregar-se ao mar, ansiando tocar o fundo do oceano !
Essa dor está no limite, o marinheiro precisa tomar uma decisão, respirar pela ultima vez e ceder ao anseio da âncora entregando seu coração a tempestade? Ou solta-la, e nadar solitário na incerteza de um novo recomeço??


Um comentário:

Anônimo disse...

linda diégese

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